quarta-feira, 1 de junho de 2011

Bienal de Veneza

Artur Barrio leva o Brasil à 54ª edição internacional da mostra centenária

A 54ª edição da Bienal Internacional de Arte de Veneza tem sua inauguração, para convidados, nesta quarta-feira (1º) e será aberta à visitação a partir deste sábado (dia 4). Sob o título original ILLUMInazioni (em italiano), remete a um jogo de palavras, trata-se de luz, mas também de nações. Esta edição – que para nós leva o título de Iluminações - tem curadoria suíça Bice Curiger e ficará aberta a visitações até o dia 27 de novembro.

Foram selecionados 82 artistas, uma leva de nomes significativos para o circuito internacional, com destaque para Maurizio Cattelan, Philippe Parreno, Pipilotti Rist, Cindy Sherman, Llyn Foulkes, Jack Goldstein e Luigi Ghirri. Bice também joga luz à história, trazendo para esta edição da Bienal a presença do pintor veneziano Jacopo Tintoretto (1518-1594). Especialmente convidados pela curadora, os artistas Monika Sosnowska, Franz West, Song Dong e Oscar Tuazon foram encarregados de criar obras especialmente para a mostra.

Em meio a tantos nomes importantes das artes plásticas, um português radicado no Brasil desde 1955 leva o nome do Brasil neste evento centenário, mesmo não tendo entrado na seleção principal, aliás nenhum brasileiro entrou. Trata-se de Artur Barrio que ocupa o Pavilhão Brasil com a instalação inédita (Ex) Tensões y Pontos e com seleção de obras históricas. Por uma convenção antiga, o artista foi selecionado pela Fundação Bienal de São Paulo, mais precisamente por Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, ambos curadores da 29ª Bienal de São Paulo.

Para o crítico e curador Paulo Venâncio Filho, a arte brasileira tornou-se praticamente obrigatória em bienais e exposições coletivas no mundo e declara que Barrio é um grande artista, mesmo antes de qualquer premiação, referindo-se ao Prêmio Velázquez de Arte, concedido ao artista pelo Governo da Espanha, no início de maio deste ano.

“Achamos importante que, numa plataforma tão privilegiada como Veneza, o representante brasileiro pusesse um pouco em questão, com uma obra ruidosa e desconcertante, a visão bem-comportada que se possui hoje, hegemonicamente, do que é a arte contemporânea brasileira e, por extensão, do que é hoje o Brasil”, declara Moacir dos Anjos sobre a escolha pelo artista.

Da geração dos anos 60, Barrio vem de uma vertente política e conceitual. Em 1969, o artista criou as obras da série Situações, em que realizava intervenções em espaços urbanos e outros locais com carne podre, papel higiênico e dejetos humanos. Algumas imagens e registros desta série também estarão presentes no Pavilhão Brasil apresentando o trabalho performático, histórico e contundente de Barrio.

Nesta edição - regida sob a escassez de brasileiros - nacionais como Neville d`Almeida e Rivane Neuenschwander figuram nas poucas mostras paralelas de Veneza. Pode-se dizer que a 54ª edição da Bienal de Veneza será predominantemente representada por artistas europeus e americanos, ou mesmo europeus que vivem na América.

Para saber mais, clique aqui.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Adeus a José Renato Pécora

Ator e diretor teatral morre aos 85 anos

Na madrugada desta segunda-feira (dia 2), o ator e diretor de teatro José Renato Pécora foi vítima de um infarto e morreu, aos 85 anos. O artista tinha acabado de sair de uma apresentação da peça Doze Homens e Uma Sentença, atualmente em cartaz no Teatro Imprensa.

José Renato foi fundador e idealizador do Teatro de Arena de São Paulo e responsável pela montagem da peça Eles Não Usam Black-Tie, espetáculo que marcou os anos 50.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Luis Antonio – Gabriela


Cia. Mungunzá estreia peça sobre a vida do irmão homossexual do ator e diretor Nelson Baskerville


Nesta quarta-feira (dia 16), o Centro Cultural São Paulo recebe a estreia de mais uma montagem da Cia. Mungunzá, sob intervenção dramatúrgica de Verônica Gentilin, a partir do argumento de Nelson Baskerville. Trata-se da peça Luis Antonio – Gabriela, em que Baskerville coloca em cena a história de seu irmão mais velho, o homossexual Luis Antonio, que desafia as regras de uma família conservadora dos anos 1960 e parte para a Espanha sob o nome de Gabriela. A peça tem temporada gratuita, de quarta a sábado, sempre às 21h, até o dia 23 de abril.

A peça tem caráter de documentário cênico que se inicia no ano de 1953, com o nascimento de Luis Antonio, filho mais velho de cinco irmãos, que passou infância, adolescência e parte da juventude em Santos até ir embora para Espanha, aos 30 anos.

O espetáculo foi construído a partir de documentos e dos depoimentos do ator e diretor Nelson Baskerville; de sua irmã Maria Cristina; de Doracy, sua madrasta; e de Serginho, cabeleireiro e amigo de Luis Antonio. A montagem narra a história deste homossexual até o ano de 2006, data de sua morte em Bilbao, onde viveu, até então, como Gabriela.

Para esta montagem, o elenco – formado por Marcos Felipe, Lucas Beda, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Virginia Iglesias e Day Porto – teve que aprender a tocar instrumentos para executar a trilha sonora original composta por Gustavo Sarzi.


“Luis Antonio, pra mim, era aquele irmão, oito anos mais velho, que sempre mantive na sombra. Só alguns poucos amigos sabiam da sua existência, ele era aquele que, além de me seduzir, e abusar sexualmente, fazia com que muitos dedos da cidade de Santos fossem apontados pra nós, os irmãos da bicha, a família do pederasta e outros nomes”, declara Baskerville.

Em 2002, a família recebeu uma ligação avisando que Luis Antonio havia morrido. Maria Cristina foi atrás de notícias sobre o irmão e após alguns meses descobriu, através da embaixada brasileira na Espanha, que ele estava vivo, morava em Bilbao, onde passou a chamar-se Gabriela, havia sido uma das estrelas das noites de Bilbao, era viciada em cocaína e estava com Aids, entre outras doenças. Em 2006, Gabriela realmente morreu.

A iluminação do espetáculo foi inteiramente construída pelos atores e pelo diretor e é operada de dentro do palco. Para a cena em que Maria Cristina leva Luis Antonio ao Guggeinhein de Bilbao, a Cia. Mungunzá encomendou 22 telas do artista plástico Thiago Hattner, para a caracterização de ambiente.

De acordo com Baskerville, as perguntas mais frequentes dos amigos ao saberem da história eram: “Mas vocês nunca mais se viram? Resposta: nunca. Por que não o trouxeram de volta ao Brasil quando o encontraram doente? Resposta: porque não. Você não foi nem ao enterro? Não. Fiz esse espetáculo”, afirma.


Everson Bertucci


http://www.cesargiobbi.com.br/materia/teatro/15563/luis_antonio_%E2%80%93_gabriela

sexta-feira, 4 de março de 2011

Cênicas no Carnaval


Saiba quais espetáculos se apresentam no feriadão


O carnaval chegou. Finalmente para uns, infelizmente para outros. Justamente no fim de semana em que a terra da garoa faz jus à fama, preparamos um roteiro especial para aqueles que preferem curtir o feriado prolongado debaixo da coberta ou para os foliões que ainda encontrarem fôlego para assistir aos espetáculos teatrais – entre uma marchinha e outra - que reestreiam, seguem sua programação normal ou terão sessões extras durante a folia.


Espetáculos como Ópera dos Vivos, A Gaiola das Loucas, Mambo Italiano, À Meia Noite um Solo de Sax na Minha Cabeça, Os 39 Degraus, Ligações Perigosas, 12 Homens e Uma Sentença, Antes da Coisa Toda Começar, A Dócil, Toc Toc, Trair e Coçar é Só Começar, entre outras, estarão em cartaz durante o feriado. Outras duas peças reestreiam nesta sexta-feira (dia 4): Sessenta Minutos Para o Fim, no Teatro Paulo Eiró, e Amanhã É Natal, no Teatro Zanoni Ferrite.

Segue a relação das montagens, seus respectivos dias, horários e locais de apresentações. É se programar e curtir!

• Ópera dos Vivos – texto e direção de Sérgio de Carvalho, da Cia. Do Latão
Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 19h), no Sesc Belenzinho (R. Pe. Adelino, 1000, tel. 2076-9700);

A Gaiola das Loucas – texto de Harvey Fierstein, direção de Miguel Falabella e Cininha de Paula
Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 21h, 21h30 e 19h, respectivamente), no Teatro Bradesco (R. Turiassu, 2100, Perdizes, tel. 4003-1212);


• Mambo Italiano – texto Steve Galluccio e direção de Clarisse Abujamra

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 21h30, 21h e 19h, respectivamente), no Teatro Nair Bello (R. Frei Caneca, 569, tel. 3472-2414);

À Meia Noite um Solo de Sax na Minha Cabeça – texto e direção de Mario Bortolotto

Terça e quarta-feira (dias 8 e 9, às 21h), no Espaço Parlapatões (Praça Roosevelt, 158, tel. 3258-4449);

Ligações Perigosas – texto de Christopher Hampton e direção de Ricardo Rizzo e Mauro Baptista Vedia

Sábado e domingo (dias 5 e 6, às 21h e 18h, respectivamente), no Teatro Faap (R. Alagoas, 903, Higienópolis, tel. 3662-7233);


12 Homens e Uma Sentença – texto de Reginald Rose e direção de Eduardo Tolentino

Sexta, sábado, domingo, segunda e terça (dias 4, 5, 6, 7 e 8. Domingo às 19h, outros dias às 21h), no Teatro Imprensa (R. Jaceguai, 400, Bela Vista, tel. 3241-4203);

Antes da Coisa Toda Começar – texto de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes e direção de Paulo de Moraes

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 19h30; domingo às 18h), no Centro Cultural Banco do Brasil (R. Álvares Penteado, 112, tel. 3113-3651);

A Dócil – texto Fiódor Dostoiévski e direção de Pedro Mantovani

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 18h), no Galpão do Folia (R. Ana Cintra, 213, Santa Cecília, tel. 3361-2223);


Toc Toc – texto de Laurent Baufie e direção de Alexandre Reinecke

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 23h, 22h e 20h, respectivamente), no Teatro Gazeta (Av. Paulista, 900, Bela Vista, tel. 3253-4102);

Trair e Coçar é Só Começar – texto de Marcos Caruso e direção de Attílio Riccó

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6, às 21h30, 21h e 20h, respectivamente), no Teatro Bibi Ferreira (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 931, tel. 3105-3129);


Sessenta Minutos Para o Fim – texto e direção de Cesar Ribeiro

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6. Domingo às 19h, outros dias às 21h), no Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, tel. 5546-0449);

Amanhã É Natal – texto de Mario Vianna e direção de Jairo Mattos

Sexta, sábado e domingo (dias 4, 5 e 6. Domingo às 19h, outros dias às 21h), no Teatro Zanoni Ferrite (Av. Renata, 163, Chácara Belenzinho, tel. 2216-1520).


Link da publicação

http://www.cesargiobbi.com.br/materia/teatro/15526/cenicas_no_carnaval

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Além da Vida


Filme de Clint Eastwood traz a morte como tema principal

Três personagens muito bem estruturados. Um pouco confusos entre si. Inglaterra, França e Estados Unidos, estes são os cenários. A morte é o que eles têm em comum. Mas não do mesmo jeito. Um vidente que vê seu dom como maldição, uma jornalista que passou pela experiência de quase morte e uma criança introvertida que perdeu seu irmão gêmeo e não sabe viver sem ele.
-- mãe, traz o Jason de volta!
-- você não está dizendo isso, só está pensando! Não vê que precisa dizer isso, fazer as coisas acontecerem. Você não é ele, ele não é você. São pessoas diferentes. Precisa tomar suas próprias decisões.

Vem o tsunami e devasta tudo.
-- corre, vem comigo! Vamos, corre! Segura minha mão.
A água invade tudo e as separa.
-- me dê sua mão. Vem comigo! Me dê sua mão! Me dê sua mão! Segura em mim!
O ursinho sai flutuando em meio aos automóveis, casas, objetos e corpos que bóiam pela cidade destruída. Alguns ainda lutam pela vida.
-- me dê sua mão! Me dê sua mão!
-- tarde demais, eu já não estou mais junto a ti.
O desmaio e a alucinação. A quase morte. O ursinho visto de baixo d’água em câmera lenta. O símbolo.

-- uma mulher alta. Sua esposa?
-- sim.
-- ela está com a mão no peito. Aperta forte. Foi como ela morreu?
-- sim. Infarto.
-- viveram muitos anos juntos?
-- sim.
-- ela se desculpa e pede a você que viva sua vida. Você está velho e precisa se reconstituir antes que seja tarde.
Promete que é a última vez que faz isso.
-- isso é um dom.
-- Não pra mim. Eu não consigo mais viver desse jeito, você não entende!?

Ela não esquece a imagem do ursinho e das visões que teve embaixo d’água. Resolve escrever sobre sua experiência. O garoto tenta encontrar uma resposta sobre seu irmão gêmeo e o vidente foge para um lugar novo onde ninguém possa interferir em sua vida.
-- se vocês quiserem, eu posso autografar o livro! Se gostaram...
-- eu quero.
Um sorriso. Troca de olhares.
-- você é o vidente.
-- você está me confundindo, garoto!
-- é sim. Eu te vi na internet. É você. Eu preciso que você me ajude.
-- não sei do que está falando.
Sai no meio das pessoas, tenta se desvencilhar. A jornalista continua autografando seus livros.

-- tira esse boné. Ele é meu. Aquele dia da explosão fui eu quem te salvou. Mas foi a última vez. Não usa mais este boné. Ele é meu. Agora você vai ter que construir sua própria história. Tome suas próprias decisões. Joga fora este boné.
Faz frio. É noite.

-- ela está naquele hotel que havia te falado.
-- eu vi como vocês se olhavam. Sinto muito por ter atrapalhado.
-- eu não sei do que você está falando, garoto!
-- mas agora sabe onde encontrá-la.
-- eu...
Desliga o telefone.

Quer saber quem são estes personagens, estas histórias e como elas se relacionam com a morte? Assista ao filme Além da Vida. Bem difícil se arrepender. A direção é do impagável e sempre certeiro Clint Eastwood. No elenco, Matt Damon, Cécile de France e Frankie McLaren.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sertanejo Homossexual

Novela Insensato Coração terá cantor gay enrustido se passando por hetero

Mais um personagem gay vai entrar na trama de Insensato Coração, novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, exibida pela Rede Globo. Com o sucesso que o personagem Roni, de Leonardo Miggiorin, vem fazendo em horário nobre, agora o núcleo homossexual da trama terá outro membro: o cantor sertanejo Vicente, que será interpretado por Daniel Del Sarto.

O ator já gravou algumas cenas que irão ao ar a partir do dia 25. Del Sarto viverá um cantor gay enrustido e que se meterá em algumas confusões ao lado de Roni e Natalie (Deborah Secco). De acordo com a sinopse divulgada à imprensa, o personagem tem uma carreira consolidada no universo heterossexual, levando suas fãs - adolescentes completamente apaixonadas e loucas por ele - à loucura.

Vicente não pode revelar sua verdadeira sexualidade, pois isso poderia ser o fim de sua carreira como cantor. Percebendo que sua profissão está em risco por causa de seu envolvimento sigiloso com Paulo (Alejandro Claveaux) - seu ex-namorado que está a fim de se vingar - Vicente acaba topando se passar por namorado de Natalie para que sua homossexualidade não venha à tona.

Todo o plano será bolado por Roni, como estratégia para que sua amiga Natalie volte a aparecer na mídia e todos saiam beneficiados. Tudo ocorreria bem, não fosse por um pequeno problema: quando o ex-namorado de Vicente descobre a farsa, acaba indo até o clube Barão de Gamboa para desmascarar o namoro de fachada de Natalie e Vicente.

O casal Vicente e Paulo viviam tão bem que o cantor resolveu presentear seu amado com um carro. Algum tempo depois, eles tiveram um desentendimento e romperam o namoro. Foi então que Vicente resolveu não pagar mais as prestações do veículo, o que deixou Paulo enfurecido e com desejo de revelar toda a verdade sobre Vicente perante a sociedade, colocando em risco a carreira do cantor sertanejo. Esté é o motivo da vingança de Paulo.

Sobre seu novo personagem, Del Sarto disse que seu entrosamento com os atores Deborah Secco, Leonardo Miggiorin e Alejandro Claveaux foi crucial para que as cenas ficassem excelentes. “Eu adorei fazer o Vicente porque ele é diferente do meu universo, e oportunidades como essa só me engrandecem como ator”, declarou.

Agora é aguardar para ver como será o desfecho desta trama. Pelo jeito, momentos hilários estão por vir no núcleo gay do horário nobre.


Texto publicado no dia 8 de fevereiro de 2011, conforme link

http://www.cesargiobbi.com.br/materia/arco-iris/15391/sertanejo_homossexual

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As Satyrianas - Uma Saudação à Primavera

A partir desta quinta-feira (dia 25), às 18h, o centro de São Paulo recebe a 11ª edição de um dos eventos culturais mais esperados do ano: As Satyrianas - Uma Saudação à Primavera. Em comemoração aos seus 10 anos na Praça Roosevelt, a Cia Satyros de Teatro promove o evento com 78 horas ininterruptas de programação envolvendo teatro, fotografia, exposições, palestras, cinema e música. O homenageado desta edição é o ator e crítico de teatro Alberto Guzik, que morreu neste anoe desenvolveu um papel fundamental na história do grupo.

Devido à reforma da Praça Roosevelt, o festival este ano fez uma parceria com o projeto Nova Augusta, que cedeu uma área entre as Ruas Augusta e Caio Prado para o encontro. Ao todo são mais de 30 espaços culturais que vão receber as atrações deste ano. O encerramento será neste domingo (dia 28), à meia-noite. Artistas renomados, como Elias Andreatto, Lauro César Muniz, Laís Bodansky, Marcelo Rubens Paiva, Marici Salomão, Rodolfo García Vázquez, Walcyr Carrasco, entre outros, apresentarão seus trabalhos durante o evento.

A grande festa cultural também receberá atrações internacionais, como os atores portugueses Óscar Silva e Pedro Barreiro, o diretor espanhol Pepe Nuñez e o uruguaio Hugo Rodas. Na tenda DramaMix, o público poderá conferir cenas curtas de até 20 minutos, de 50 dramaturgos, que serão encenadas por diversos atores e diretores da cena teatral paulista. Entre eles, Denise Fraga, Danton Mello, Mario Viana, Paula Cohen e Bruno Fagundes.

No Café Literário - que será realizado no Bar Rose Velt, na Praça Roosevelt, todos os dias a partir das 12h - artistas como Fernando Bonassi, Lourenço Mutarelli, Juliana Galdino, Jefferson Del Rios, Ingrid Dormien Koudela, entre outros, discutem temas em homenagem a Guzik.

Mais de 250 trabalhos de teatro, música e performance, foram enviados para apresentação no evento. Os selecionados se apresentarão no Espaço dos Satyros e na nova Tenda CenaMix, montada entre as ruas Augusta e Caio Prado. Outra novidade neste ano é o projeto Ouvi Contar, uma ousada experiência de teatro em domicílio, que será realizada em apartamentos da Praça Roosevelt, em uma parceria com a SP Escola de Teatro.

Nesta edição, o CineMix terá uma inovação: ao longo da festa será gravado e produzido o longa-metragem Satyrianas – 78 horas em 78 minutos, no formato documentário-ficção. Outra iniciativa inédita desta edição das Satyrianas são parcerias com os teatros Folha e Estúdio Emme, que ofereceram ingressos gratuitos para espetáculos em cartaz. Nos demais espetáculos do festival, o público é que decide quanto vale o show, pagando o ingresso consciente.

Outra atração que vai trazer o teatro para uma interação direta com o público é o Teatro da Vertigem, uma intervenção performática nas ruas da Bela Vista, durante o evento, a partir do texto Mauismo, de Fernando Bonassi. Trata-se de um exercício de investigação artística com caráter performático e de intervenção, que convida o público para o reconhecimento do espaço da cidade.

Outro destaque da programação deste ano é o Concurso Garotas Satyrianas 2010, em que mulheres, travestis e transexuais poderão concorrer.

Alguns destaques do festival:
Na programação geral de teatro, há destaques como os espetáculos dos Satyros: Roberto Zucco, Hipóteses Para o Amor e a Verdade, Justine, Filosofia da Alcova e Liz; Festival de Peças de Um Minuto, do Parlapatões; BOI, do diretor uruguaio Hugo Rodas; A Angústia desse Argumento, dos atores portugueses Óscar Silva e Pedro Barreiro; Lá Fora, Algum Pássaro dá Bom Dia, de Marcelo Rubens Paiva; Como ser uma Pessoa Pior, de Mário Bortolotto, entre outros.

Para ter acesso a toda a programação, incluindo, dança, fotografia, palestras e literatura, com todos os dias e horários, clique aqui.



As Satyrianas - Uma Saudação à Primavera
De 25 a 28 de novembro
78 horas de atividades culturais
Diversos espaços culturais
Pague o quanto puder.